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Dragon Quest IV: Chapters of the Chosen

02 ago

Plataforma: Nintendo DS
Desenvolvedora: ArtePiazza
Distribuidora: Square Enix

         

Em 1990, quando Dragon Quest IV foi lançado no NES, a história deve ter sido épica para os jogadores de outrora, e o mercado com um todo, aplaudido de pé após jogá-lo. Você inicia o jogo escolhendo um nome e o sexo para o seu herói/heroína (o sexo não afeta a jogabilidade) e inicia o jogo em um curto prólogo antes do capítulo 1.
Intitulado de “capítulos dos Escolhidos”, o jogo é dividido em vários capítulos separados, cada um detalhando a história e a motivação de um personagem em particular, para embarcar em sua busca dentro da história.

Infelizmente, uma vez que você retoma o controle de seu herói a partir do prólogo do quinto capítulo e com todos os demais personagens em seu grupo, a trama se torna um “salvar o mundo da destruição iminente” cenário bastante clichê. Este remake adiciona um novo capítulo 6, obtendo assim o jogador, um pouco mais de profundidade para a história.

Para melhor ou pior, Dragon Quest IV não modifica seu sistema de batalha, e o gameplay não sofreu nenhuma modificação, deixando satisfeitos os jogadores mais clássicos. Encontros na série são de forma aleatória, e as batalhas são em uma visão em primeira pessoa, onde você não vê seus próprios personagens na tela, apenas os inimigos. Pessoalmente, adoro o sistema de batalhas como os de Dragon Quest pois são, em sua maioria, os mais simples possíveis.
Outro fato importante, é que anteriormente tinha tentado jogar esse jogo no NES, e sofria muito especialmente quando um char aumentava seu nível e então recebia uma nova magia, e essa não se tinha como saber do que se tratava. Com essa nova tradução, ao menos escolheram bem os nomes, além de outros que agora soam bem melhores: Omniheal > Healusall.

 

A OST de Dragon Quest IV precisa ser muito elogiada. A maior parte será instantaneamente reconhecível para quem já jogou qualquer outro título da série, e aqueles que ainda não tiveram a oportunidade de ter jogado nenhum, vão encontrar um som atraente e agradável. Eu me peguei cantarolando várias vezes no mapa do mundo e nas cidades em meus famosos chavões que faço sobre o ritmo das músicas (sim, eu sou estranho, kkkk).

Há algumas notas baixas no jogo, devido, principalmente às convenções de RPG padrão de 8 bits que não se sustentam bem hoje. DQIV mantém uma tradição de jogo que é bastante conhecida daquela época, onde, em muitos momentos do jogo, você não possui ou não tem um NPC para lhe indicar o próximo passo, uma direção clara sobre onde deva seguir, ou o que você precisa fazer quando você chegar lá. Este não é um problema tão grande na primeira metade do jogo, que é bastante linear quando você está conhecendo e aprendendo mais sobre os personagens e o sistema de jogo, mas uma vez que todo o grupo se reúne e você pode ir a qualquer lugar com o barco, o jogo pára de dar dicas.
Isso resulta em muitas mortes desnecessárias em locais que você não teria como explorar naquele momento. Há também uma peculiaridade retrô no sistema de batalha, que faz com que algumas batalhas fiquem muito mais difíceis do que eles precisam ser, pois em uma orla de monstros de uma mesma raça, você não pode ter como alvo um monstro específico, restando a seleção apenas no grupo em si. Vamos dizer que há três inimigos e você tem três atacantes fortes e um lançador de magias. O que eu normalmente gostaria de fazer é direcionar cada um dos inimigos com um atacante diferente, e então usar uma magia de área que atinge todos eles para terminar a batalha em um turno. Mas desde que o jogo não permite que você atinja um inimigo específico dentro do grupo, os meus atacantes irão atacar aleatoriamente contra um único inimigo do grupo, e o feitiço apenas prejudicando os outros, deixando dois inimigos ainda de pé que podem chamar reforços e estender a batalha.

A Square-Enix, em uma tentativa de adicionar mais personalidade ao jogo, deu a quase todas as cidades os seus próprios dialetos e sotaques. Isso funcionaria perfeitamente bem se o jogo tivesse dublagem, mas isso não acontece. Infelizmente, os dialetos acabam prejudicando o jogo, porque muitas vezes é difícil de decifrar o que um personagem está tentando lhe dizer.

Embora não seja perfeito, Dragon Quest IV é um lembrete agradável do que um RPG clássico é. Mesmo com um sistema desatualizado para os padrões atuais, como sua jogabilidade pode ser, ainda é uma experiência muito divertida e gratificante por toda uma aventura de mais de 30 horas.
Um RPG que recomendo muito aos jogadores românticos dos RPGs, e que sem dúvida, vai maravilhar muitos que ainda não jogaram o quarto jogo ou que ainda não conhecem a série.

Nota: 85

 
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Publicado por em 2 de agosto de 2014 em Nintendo DS

 

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