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Final Fantasy XIII

02 ago

A trama gira em torno de Cocoon, um planeta controlado por fanáticos religiosos que banem para Pulse, o mundo inferior, pessoas consideradas L’Cies, (que foram escolhidas pelas divindades Fal’Cies para alguma missão), que (os tais fanáticos) julgam ser o extermínio da sociedade perfeita e controlada de Cocoon. Ou seja: banem todo tipo de pessoa para o exílio para evitar problemas futuros. Lightning é uma das pessoas que estava a caminho do banimento (ou extermínio, como se descobre) e resolve assumir seu posto de rebelde tentando salvar o mundo que a excluiu de sua existência.

A protagonista se junta a um grupo carismático de personagens como há tempos não víamos em um RPG. Snow é o apaixonado metido a herói. Sazh é o paizão da galera e apesar de medroso, o único com um pouco de juízo (e um filhote de chocobo) na cabeça. Vanille é uma meiga e poderosa garota que esconde sua verdadeira história atrás de sorrisos carismáricos e poses típicas de personagens de mangá. Hope é um personagem perdido,  que viu sua mãe morrer  na guerra em que se envolveu e culpa Snow por isso. Apesar de um elenco forte de protagonistas que quase fogem do clichê de “adolescentes unidos para salvar o mundo”, o game carece de um vilão memorável como Sephiroth e outros inesquecíveis. A organização opositora é uma apologia clara aos governos e religiosos do mundo real, mas uma personificação exata de quem é exatamente esse mal no universo do game, faz falta e deixa a trama muitas vezes sem o jogador saber  o porquê da luta.

RPG de verdade focando em qualidade e acessibilidade

Final Fantasy XII foi um dos responsáveis por uma das mais profundas mudanças em toda a fórmula já conhecida das versões anteriores. Saem os encontros randômicos e entram os inimigos em tempo real na tela. Tal mudança foi mantida em Final Fantasy XIII e promovem a liberdade de escolher se quer lutar, contra quem lutar e contra quantos lutar ao mesmo tempo.

Se o sistema de encontro permaneceu intacto, a jogabilidade afirmo que foi refeita. O combate em tempo real do último game deu lugar a uma mistura dos antigos sistemas de turno associados a uma barra de tempo, que limita e controla as ações do seu personagem, não por vez de cada personagem, e sim por tempo de execução de um golpe ou magia específicos.

O novo sistema traz a série algo que FFXII perdeu: o poder da acessibilidade. Se antes entender os complexos gambits e estratégias afastava os jogadores, em XIII você apenas senta e joga. Não que a estratégia não seja necessária, todavia a simplicidade na maneira como você luta (sem vários menus e nenhuma enrolação) e até os level-ups de cada personagem (feito agora pelo sistema chamado Crystarium) mostram a capacidade da Square Enix não só de evoluir, mas de filtrar os acertos e erros do passado e recentes numa mistura agradável e empolgante de se jogar um RPG.

O novo e o velho se encontram criando assim algo quase perfeito

Os gráficos são aliados a uma fluidez raramente vistas no gênero, somado ao fato do sistema de combate totalmente refeito. Pegue tudo isso e misture adicionando um toque de perfeccionismo típico da Square Enix: uma história envolvente e um longo período de desenvolvimento, e você verá, assim,  que Final Fantasy não é apenas o primeiro da série da nova geração, é, sim,  o primeiro a dar um passo adiante no gênero mesmo que isso signifique dar alguns passos para trás para resgatar tudo que a franquia aprendeu até aqui e elevar isso ao máximo. E isso, garanto, Final Fantasy XIII faz com louvor e é pedida obrigatória para sua coleção.

Nota: 97

 
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Publicado por em 2 de agosto de 2014 em Playstation 3

 

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