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Star Ocean: Till the End of Time

Till the End of Time, é o terceiro titulo da série, que já teve um jogo para Playstation, um para Super Nintendo, e mais recentemente, XBOX360 e Playstation 3 também receberam um jogo da série. Os dois primeiros não tiveram grande cobertura da mídia, especialmente o primeiro, restrito ao mercado japonês, mas foram grandes sucessos de público. 

Star Ocean, é uma série de RPG futurístico. O planeta Terra faz parte de uma Federação Galáctica que sai de uma guerra esfacelada, e tenta aos poucos se reabilitar. O protagonista do jogo é Fayt , um adolescente que passa férias com seus pais e sua amiga Sophia, em um planeta da Federação. No meio de felicidades e descanso com seus pais, o planeta começa a ser atacado, e quando Fayt precisa fugir, acaba se separando deles e de Sophia. Enquanto ele tenta encontra-los, descobre uma trama que pode ameaçar a galáxia.

O universo é futurístico, mas os locais por onde Fayt passa, não encontram o mesmo ambiente. Vários planetas com tecnologias mais atrasadas que a sua, e mais da metade do jogo se passa em ambientes medievais. Quem gosta de RPG sci fi, vai gostar dos visuais, mas vai sentir falta de equipamentos que fazem jus à tecnologia (somente um personagem usa armas avançadas). A estória é bem escrita e desenvolvida, seguindo a mesma narrativa da maioria dos RPGs top de linha da geração PS1/PS2. Mas existe um ponto que fica estranho durante o jogo, porque na verdade, são duas estórias diferentes. Se a Square Enix quisesse poderia dividir Star Ocean em dois. As estórias são envolventes, mas a segunda, que é realmente a estória principal do jogo, só começa depois de mais ou menos 30 horas de partida. Além disso, as cenas em alguns momentos são longas demais e com ação de menos. São diálogos longos e com poucas consequências para o jogo. 

 

 

O jogo traz um total de 10 personagens e 8 deles podem ser escolhidos pelo jogador para formar o grupo. Desses, apenas três participam dos combates, mas os outros estão presentes nos eventos. É possível dispensar e chamar novamente os personagens. Cada um deles usa uma arma, uma armadura e dois itens de suporte. O tipo de arma é sempre a mesma: Fayt sempre usa uma espada, mas existem várias versões de cada uma delas. Como os personagens são diferentes, montar grupos diferentes traz novas experiências de jogo. Cada personagem também tem uma estória e ambições e alguns são bem interessantes e divertidos.

Star Ocean é um RPG de ação. Os inimigos normais estão sempre na tela, com isso, pode-se escolher quais batalhas enfrentar, como visto em jogos como Chrono Cross. Quando a luta inicia, os três personagens escolhidos pelo jogador se veem de frente com os inimigos. O campo de luta é fechado, mas é possível fugir. O jogador só controla um dos personagens, mas pode trocar quem está controlando a qualquer momento da luta. São quatro tipos de ataques: O rápido de curta distância, rápido de longa distância, lento de curta distância e lento de longa distância. Além dos ataques, existe a simbologia magia, que é usada por alguns personagens. Para vencer a luta, o jogador precisa acabar com os pontos de vida ou com os pontos de magia do inimigo (o que não faz muito sentido, e na maioria das vezes seus personagens morrem por falta de magia). Uma particularidade do combate em Star Ocean é a fúria. Todo personagem tem um marcador de fúria e sempre que faz uma ação ele perde fúria. Quando sua fúria esta baixa ele não pode fazer certas ações.

Mais da metade do tempo de jogo será em combates, alguns são longos e táticos, mas também podem ficar bem entediantes, principalmente porque seus aliados são possui uma inteligência estúpida. Seus personagens chegam ao cumulo de atacar os inimigos com tipos de ataques que curam eles (Ex: monstros do fogo, quando atacados com fogo ganham pontos de vida, mas seus aliados atacam com fogo). Ou melhor: eles correm no exato momento em que o inimigo esta usando um ataque, ele corre para sofrer dano… É difícil fazer um jogo de equipe, porque o jogador precisa cuidar dos três personagens durante as lutas. Esse problema não estraga, mas atrapalha o jogo, principalmente em lutas que poderiam durar 2 minutos, levando 5, 8 minutos.

Durante todo o jogo, Fayt e seus companheiros passarão por várias cidades e explorar todo o mapa dará prêmios para o jogador, além dos tesouros que ficam espalhados por eles, tornando um grande atrativo para os Gamers aficionados por obter 100% de um jogo, conseguir explorar todo os mapas de todos os planetas. 

Star Ocean: Till the End of Time,  tem um ambiente diferente da maioria dos RPG’s para videogames, mas mantém o clima de fantasia medieval. Poderia ser melhor, mas não deixa a desejar, vale a pena para quem gosta de RPGs que permitam exploração em grandes áreas. Seu enredo é bem legal e chama atenção por seus personagens carismáticos, pois com todas as mudanças pelas quais eles passam ao longo de suas quase 60 horas de jogo, certamente fará você se interessar e se surpreender com essa gloriosa odisseia espacial. 

 Nota: 94

 
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Publicado por em 19 de outubro de 2014 em Playstation 2

 

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Baldur’s Gate: Dark Alliance

Baldur’s Gate: Dark Alliance faz parte de uma franquia Baseado em Forgotten Realms de RPGs de Dungeons & Dragons, transferindo os comandos de lápis e papel para o joystick e TV numa campanha que pode ser desbravada na companhia de um amigo.

Sword Coast tornou-se vítima de ladrões e bandidos, e você decidiu se refugiar na cidade de Baldur’s Gate. Porém, antes de chegar à segurança de Baldur’s Gate, sua irmã é atacada por um bando de ladrões enviados especificamente para atacar o seu grupo. Agora, você deverá embarcar em uma jornada, mas durante o caminho descobrirá que mais e maiores perigos estarão por vir. Você poderá escolher entre 3 personagens pré-existentes para embarcar nesta aventura que o levará através de muitas interações, confrontos e batalhas que irão desafiar todos as suas habilidades.

Você pode escolher ser um anão, um humano arqueiro ou uma elfa (que foi a minha escolha), e inicialmente existem 3 níveis de dificuldade. A visão do jogo é top-down e é possível rotacionar a câmera ao redor de seu personagem. Porém, não é possível “abrir” o seu campo de visão nem em profundidade nem em altura, o que pode tornar-se um pouco inconveniente para aqueles que gostam de ter uma visão mais ampla ou para os menos acostumados ao tipo de jogo.

Você terá ao seu dispor durante a aventura uma boa variedade de armamentos tanto de ataque quanto de defesa, entre eles espadas, adagas, arcos, bastões, machados, armaduras, escudos, luvas, botas, elmos etc, e eles poderão ser obtidos com os (poucos) vendedores espalhados pelos mundos, a partir dos inimigos derrotados, baús etc. Algumas armas possuem poderes de fogo, gelo entre outros, e tanto os armamentos de ataque quanto os de defesa possuem “versões” mais fortes, como “Full Plate Boots + 3” por exemplo, que aumenta os pontos de defesa em mais 3 pontos além dos pontos básicos padrão destas botas.

Há 3 tipos de poções: Healing Potion (recupera sua barra de vida), Rejuvenation Potion (recupera sua barra de energia, para magias) e Recall Potion, que permite retornar para um ponto de segurança ou para o ponto onde usou pela última vez. No HUD há 3 barras referentes ao seu personagem: a primeira é a barra de life (vermelha). A segunda mostra o quanto falta para evoluir um level (verde). E a terceira é a barra de energia, utilizada para as magias (azul). Quando a sua barra de life chega a um determinado ponto que indique que seu herói está com a vida fraca, a vibração do controle é ativada. Isto é muito útil, pois evita que fiquemos 100% do tempo ligados na barra de life durante os confrontos. Tanto a barra de life quanto a barra de energia vão recuperando seus pontos perdidos conforme o tempo vai passando (estilo o fator de cura do Wolverine =)).

Existem também amuletos e anéis. Suas serventias são as mesmas: aumentar os pontos de um determinado atributo de seu herói. Porém, apenas 1 amuleto e 2 anéis podem ser usados simultaneamente, tanto faz se de um mesmo atributo ou para atributos diferentes.

A quantidade de objetos que você poderá carregar, entre armas, protetores, poções e itens em geral, é determinada de acordo com a sua força. Mais pontos de força significam mais peso que poderá ser carregado pelo seu herói.

Há um mapa muito bem-vindo em Baldur’s Gate: DA. Ele pode ficar desativado, aparecer bem grande no centro da tela ou em tamanho reduzido no topo direito, claro, com efeito de transparência para não atrapalhar o andamento do jogo. Não tenha dúvidas de que ele será bastante utilizado.

O esquema de “saves” é feito através de “checkpoints”. Eu, particularmente, não gosto muito deste tipo de save, apesar de amplamente utilizado em RPG’s, mas em Baldur’s Gate: DA não chega a ser um empecilho, pois eles não ficam tão distantes uns dos outros e existem em boa quantidade. Estes “checkpoints” possuem a forma de um livro num pedestal e aparecem no mapa, contribuindo e muito para a sua localização.

Uma coisa muito legal neste jogo é o fato de que os inimigos derrotados persistem no cenário, mesmo após ir e vir quantas vezes forem necessárias, mesmo após ter salvado a sua campanha e desligado o videogame.

Ao evoluir 1 level você conquista um determinado número de pontos (que variam de acordo com o level) para atribuir a alguma habilidade ou magia. De tempos em tempos você terá também a oportunidade de aumentar o atributo que você quiser em 1 ponto ao evoluir 1 level. Os atributos em Baldur’s Gate: DA e suas características são:

Strength: Força. Determina também a capacidade máxima de carga que você poderá levar.
Dexterity: Agilidade.
Charisma: Quanto mais carisma, menos você pagará por armamentos e mais receberá nas suas vendas.
Constitution: Referente aos seus pontos de vida.
Intelligence: Quanto mais inteligência você tiver, mais pontos de energia terá.

E as chamadas “Habilidades Passivas” em comum aos personagens são:

Willpower: Aumenta em 5 os seus pontos de energia.
Meditation: Aumenta a taxa de recuperação de pontos de energia de acordo com o tempo.
Intestinal Fortitude: Aumenta a taxa de recuperação de pontos de vida de acordo com o tempo.
Accuracy: Aumenta a habilidade de se atingir coisas com o arco. Não é recomendável gastar pontos aqui caso não planeje utilizar o arco durante a campanha.
Targeting: Uma linha que ajuda a mirar com o arco aparece. Não é recomendável gastar pontos aqui caso não planeje utilizar o arco durante a campanha.

As magias são selecionadas com o direcional digital. Encontrar a magia desejada não é uma tarefa demorada. Porém, ao trocar de magia, o seu herói dá uma “travada”. Exemplo: digamos que você esteja correndo de um inimigo pra dar tempo de recuperar seu life, e no meio tempo você está com uma magia selecionada e quer trocar para outra, aproveitando a distância que tem do inimigo. Acontece que seu personagem simplesmente pára de correr e fica parado por algum tempo, e assim a distância que você tinha dele diminui. É uma grande bola fora do jogo.

E como nem tudo são flores, existem mais 2 grandes problemas em Baldur’s Gate: DA: a quantidade quase zero de side quests e a linearidade da história.

Os gráficos de Baldur’s Gate – Dark Alliance são um show à parte. Os mundos são de uma beleza e um bom gosto que são um colírio para os olhos. Todos os cenários, sejam eles as cavernas, os porões, as colinas ou os pântanos, são muito bem detalhados e belos e possuem iluminações de deixar o jogador com o queixo caído. A representação da água é até simples, mas ainda assim bonita. Existem muitas coisas espalhadas nos cenários, contribuindo com a sua beleza gráfica.

O “primeiro mundo” do jogo, ambientado na cidade de Baldur’s Gate, é todo em estilo medieval e é possível ver nas ruas a movimentação das pessoas, porém sem poder conversar com nenhuma delas, apenas na taverna. Já o “segundo mundo” é ambientado nas proximidades de uma mina controlada pelos anões guerreiros e possui ao seu redor algumas colinas e cavernas. Não vou me alongar mais nas descrições dos mundos para não estragar a história.

Os personagens são muito bem desenhados e distintos e mostram que realmente foi feito um trabalho de altíssima qualidade. Suas feições são lindas e, para a época do lançamento, muito próximas do real.

Quando você conversa com algum personagem do jogo, ele fica se movimentando o tempo todo, e em determinados momentos eles exprimem os seus sentimentos através dos gestos de uma forma convincente e sincronizados com o que falam.

A trilha sonora, como não poderia deixar de ser para um jogo deste estilo, é orquestrada num clima épico/medieval que envolve o jogador de uma tal maneira que o faz sentir-se realmente dentro do jogo, tamanha é a emoção que ela consegue passar. As músicas são vibrantes e dão o toque final ao jogo de tão cativantes que são.

Os efeitos sonoros em geral são maravilhosos! Os sons dos passos, dos inimigos, dos golpes e magias, da água, as (muitas) vozes digitalizadas… todos de uma qualidade tão impecável que fazem com que você esqueça por alguns instantes que é apenas um jogo e sinta-se como se você fosse o seu personagem, principalmente em determinadas batalhas. Resumindo, os efeitos sonoros e a trilha de Baldur’s Gate: DA são combinados com extrema maestria e isso não há quem possa negar.

 

Baldur’s Gate: Dark Alliance é um clássico que merece uma boa atenção dos jogadores mais nostálgicos. Peca em ser um jogo muito curto e à linearidade da estória. Porém, os gráficos, os efeitos sonoros e, principalmente, a jogabilidade como um todo, fazem com que você consiga esquecer estes defeitos, e tornando ele um título obrigatório para quem é fã do gênero.

Nota: 87

 
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Publicado por em 21 de setembro de 2014 em Playstation 2

 

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Blue Dragon Plus

Plus traz o universo da série para o portátil da Nintendo, adotando um estilo de lutas em tempo real controladas pelo Touch Screen. Para a versão Nintendista, a produtora responsável foi a Mistwalker e Brownie Brown, fundada em 2000 por ex-funcionários da Square, e também responsáveis pelo Mother 3 da Nintendo.

A estória se desenrola pouco tempo depois do primeiro jogo do XBOX. Quem não jogou vai ficar bem perdido, então é bom pegarem ele antes, ou ter um embasamento pelo anime, para pelo menos conhecer melhor os personagens.
O jogo se limita a descrever os personagens com vagas informações em poucas linhas, como se partisse da premissa que o jogador já tenha se aventurado na outra versão.

 

O jovem aventureiro Shu e seus amigos descobrem que o mundo está ameaçado novamente pela força do vilão ancestral Nene, que havia sido derrotado, mas voltou misteriosamente. Agora, quase todos os humanos podem controlar sua sombra especial, que dá poderes mágicos a seu controlador.
É desta forma que vários novos personagens entram em batalha junto com você como é o caso do avô de Shu e do rei Jibral.

A Brownie Brown também é responsável por Heroes of Mana,do Nintendo DS.
E isso explica muita coisa em relação à jogabilidade. Plus pode até ser considerada uma adaptação da série nos mesmos moldes de Heroes of Mana.

Você assume o controle de todos seus personagens em cenários em 2D com visão isométrica. Com o D-Pad você controla a câmera e com o R e L pode girar a visão. Todos os demais comandos são feitos na tela de toque.
Ao selecionar um personagem, é possível usar os ataques especiais com as sombras, recuperar a energia utilizando um item ou se movimentar. Como você deve imaginar, não há segredos para atacar: você clica no personagem e no alvo. Pronto.

O que complica um pouco esse sistema é que a inteligência artificial segue rotas estranhas e às vezes trava atacando um adversário que estava por perto. Como tudo acontece em tempo real, ás vezes é complicado conseguir vistoriar o que está acontecendo com todos os seus personagens ao mesmo tempo, o que pode causar algumas dores de cabeça em batalhas mais complicadas.
A estratégia nos combates é focada no tipo de habilidade que cada personagem possui. Zola, por exemplo, tem pouco HP e defesa, porém é a mais ágil do grupo para se movimentar, o que faz dela uma ótima opção para abrir os diversos tesouros espalhados no mapa.

 

O sistema de batalha é divertido e funciona de maneira eficiente em boa parte do tempo, mas é comum a falta de alguns recursos atrapalharem. Por exemplo, para selecionar um de seus lutadores é preciso procurar por ele em todo o cenário ou clicar um atalho que alterna entre cada um deles, por vez.
Nenhuma das duas soluções se mostra muito prática quando você quer fazer uma ação emergencial, caso muito comum, já que estamos falando de um RPG Tático em tempo real.

Um dos acertos da equipe de produção foi adicionar um atalho para selecionar todos os personagens ao mesmo tempo ou parar o tempo e desenhar um circulo envolta dos que você quer selecionar.
Após fazer o desenho, o tempo volta ao normal e você pode designar uma ação para o grupo escolhido.

Vale destacar que Plus conta com quase uma hora de cenas em CG. Além de estarem com uma ótima compactação e qualidade, essas cenas tornam o game mais rico em detalhes e com um aspecto muito melhor.

Blue Dragon é um bom jogo. A escolha do DS foi uma bela opção da equipe e contribuiu para popularizar mais o Shu e sua turma.
Quem já jogou Heroes of Mana ou Final Fantasy XII: Revenant Wings, não terá problemas para se adaptar ao estilo do Plus.

Nota: 85

 
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Publicado por em 2 de agosto de 2014 em Nintendo DS

 

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Dragon Quest IV: Chapters of the Chosen

Plataforma: Nintendo DS
Desenvolvedora: ArtePiazza
Distribuidora: Square Enix

         

Em 1990, quando Dragon Quest IV foi lançado no NES, a história deve ter sido épica para os jogadores de outrora, e o mercado com um todo, aplaudido de pé após jogá-lo. Você inicia o jogo escolhendo um nome e o sexo para o seu herói/heroína (o sexo não afeta a jogabilidade) e inicia o jogo em um curto prólogo antes do capítulo 1.
Intitulado de “capítulos dos Escolhidos”, o jogo é dividido em vários capítulos separados, cada um detalhando a história e a motivação de um personagem em particular, para embarcar em sua busca dentro da história.

Infelizmente, uma vez que você retoma o controle de seu herói a partir do prólogo do quinto capítulo e com todos os demais personagens em seu grupo, a trama se torna um “salvar o mundo da destruição iminente” cenário bastante clichê. Este remake adiciona um novo capítulo 6, obtendo assim o jogador, um pouco mais de profundidade para a história.

Para melhor ou pior, Dragon Quest IV não modifica seu sistema de batalha, e o gameplay não sofreu nenhuma modificação, deixando satisfeitos os jogadores mais clássicos. Encontros na série são de forma aleatória, e as batalhas são em uma visão em primeira pessoa, onde você não vê seus próprios personagens na tela, apenas os inimigos. Pessoalmente, adoro o sistema de batalhas como os de Dragon Quest pois são, em sua maioria, os mais simples possíveis.
Outro fato importante, é que anteriormente tinha tentado jogar esse jogo no NES, e sofria muito especialmente quando um char aumentava seu nível e então recebia uma nova magia, e essa não se tinha como saber do que se tratava. Com essa nova tradução, ao menos escolheram bem os nomes, além de outros que agora soam bem melhores: Omniheal > Healusall.

 

A OST de Dragon Quest IV precisa ser muito elogiada. A maior parte será instantaneamente reconhecível para quem já jogou qualquer outro título da série, e aqueles que ainda não tiveram a oportunidade de ter jogado nenhum, vão encontrar um som atraente e agradável. Eu me peguei cantarolando várias vezes no mapa do mundo e nas cidades em meus famosos chavões que faço sobre o ritmo das músicas (sim, eu sou estranho, kkkk).

Há algumas notas baixas no jogo, devido, principalmente às convenções de RPG padrão de 8 bits que não se sustentam bem hoje. DQIV mantém uma tradição de jogo que é bastante conhecida daquela época, onde, em muitos momentos do jogo, você não possui ou não tem um NPC para lhe indicar o próximo passo, uma direção clara sobre onde deva seguir, ou o que você precisa fazer quando você chegar lá. Este não é um problema tão grande na primeira metade do jogo, que é bastante linear quando você está conhecendo e aprendendo mais sobre os personagens e o sistema de jogo, mas uma vez que todo o grupo se reúne e você pode ir a qualquer lugar com o barco, o jogo pára de dar dicas.
Isso resulta em muitas mortes desnecessárias em locais que você não teria como explorar naquele momento. Há também uma peculiaridade retrô no sistema de batalha, que faz com que algumas batalhas fiquem muito mais difíceis do que eles precisam ser, pois em uma orla de monstros de uma mesma raça, você não pode ter como alvo um monstro específico, restando a seleção apenas no grupo em si. Vamos dizer que há três inimigos e você tem três atacantes fortes e um lançador de magias. O que eu normalmente gostaria de fazer é direcionar cada um dos inimigos com um atacante diferente, e então usar uma magia de área que atinge todos eles para terminar a batalha em um turno. Mas desde que o jogo não permite que você atinja um inimigo específico dentro do grupo, os meus atacantes irão atacar aleatoriamente contra um único inimigo do grupo, e o feitiço apenas prejudicando os outros, deixando dois inimigos ainda de pé que podem chamar reforços e estender a batalha.

A Square-Enix, em uma tentativa de adicionar mais personalidade ao jogo, deu a quase todas as cidades os seus próprios dialetos e sotaques. Isso funcionaria perfeitamente bem se o jogo tivesse dublagem, mas isso não acontece. Infelizmente, os dialetos acabam prejudicando o jogo, porque muitas vezes é difícil de decifrar o que um personagem está tentando lhe dizer.

Embora não seja perfeito, Dragon Quest IV é um lembrete agradável do que um RPG clássico é. Mesmo com um sistema desatualizado para os padrões atuais, como sua jogabilidade pode ser, ainda é uma experiência muito divertida e gratificante por toda uma aventura de mais de 30 horas.
Um RPG que recomendo muito aos jogadores românticos dos RPGs, e que sem dúvida, vai maravilhar muitos que ainda não jogaram o quarto jogo ou que ainda não conhecem a série.

Nota: 85

 
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Publicado por em 2 de agosto de 2014 em Nintendo DS

 

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Final Fantasy Crystal Chronicles: Ring of Fates

A história gira em torno dos irmãos Yuri e Chelinka. Após uma triste perda na família, Yuri treinou por muitos anos para ficar mais forte e poder proteger sua irmã, sozinho. Um dia, Chelinka e Yuri decidem que é hora de salvar seus amigos que desapareceram há muito tempo, e assim a aventura começa.

Crystal Chronicles, é uma série que gira em torno do poder do Great Crystal que dá a vida e sustenta todos os seres, protegendo-os de monstros e criaturas malignas. Neste caso, o jogo busca elementos de Final Fantasys clássicos que fica meio óbvio depois de algumas horas de jogo, mas faz isto de uma maneira bem interessante e funciona de certa forma bem.

São quatro personagens jogáveis, um de cada raça, e Chelinka que apenas acompanha o grupo como não-jogável. Mas tirando os gêmeos, os outros personagens não tem muito desenvolvimento, exceto pelo rei de Rebena Te Ra e uma fantasma misteriosa. Também há um segmento focando uma grande tragédia no passado, que revela coisas muito importantes (como era de se esperar). A parte da estória em si é curta, mas bem-desenvolvida. Yuri é um protagonista forte e decidido, corajoso sem ser forçado. Quando criança, a inocência dele é engraçada e convincente; quando mais velho a determinação e a devoção dele para com sua irmã e os amigos é bem forte.

RPG de ação, como o seu antecessor, mas com várias mudanças significativas. No começo o jogador só tem o Yuri, mas com o passar do jogo vai adquirindo um personagem de cada raça e pode troca-los na hora que quiser selecionando o ícone dele na tela de baixo. Cada raça tem uma característica diferente e habilidades próprias, e foram modificados desde o jogo anterior.
– Clavats: seriam os “humanos”, na versão do gamecube eram a classe equilibrada, mas agora foram transformados na classe de ataque físico mas com pouca aptidão mágica. Eles usam macetes e espadas
– Yukes: criaturas estranhas que usam uma espécie de armadura, são os magos do jogo. Feitos de papel, mas a magia deles não tem igual e são especializados em staffs que soltam uma espécie de bolas de energia de médio alcance
– Selkies: é uma raça similar aos clavats, só que eles são muito mais ágeis. Eles tem ótimos status de ataque e SP (MP), HP e magia decentes mas são fracos na defesa. Neste jogo, foram transformados em arqueiros e tem a habilidade única de dar pulo duplo
– Lilties: antes eles eram os mini-tanques, agora viraram alquimistas. Eles podem criar magicites nos potes e usa-los para ataques especiais. Como armas, eles usam martelos, maças e colheres.

Para utilizar magias, é preciso encontrar magicites que se consegue derrotando os inimigos ou quando um lilty faz usando o caldeirão deles. Mas ao contrário de Final Fantasy VI, magicites são usados ao realizar a magia e é preciso coletar mais, em compensação o jogador mantém ele ao mudar de dungeon. E mais uma vez, quando mais de um personagem mira a magia no mesmo lugar pode combinar a magia para fazer uma mais poderosa. Por exemplo: dois usando Fire juntos, realizam um Fira enquanto Fire e Blizzard juntos fazem um Gravity. O mesmo vale para magias de cura.
Fora isto, o sistema de luta do jogo é bem tradicional, qualquer um que já tenha jogado um RPG de ação não vai ter problemas em se acostumar com os combates.
Um elemento importante do jogo são os quebra-cabeças. No começo são fáceis, como subir em cima de um botão para cair uma pedra e quebrar a parede, mas depois vão ficando gradativamente mais complicados exigindo o uso das habilidades especificas de cada raça. Existe um que exige uma precisão absurda em Sinner’s Island, e as dungeons seguintes passam a ser extremamente complexas com desafios que afetam pontos diferentes do andar e não apenas lugares próximos. A última área é especialmente difícil, com inúmeros andares que precisam serem explorados pensando em um todo.

 

Embora o jogo só tenha uma cidade, as áreas tem variedade (embora bem comuns) e uma quantidade de detalhes boas. Há vários inimigos diferentes e os chefes são bonitos. Mas o que impressiona são os equipamentos: qualquer coisa que coloque no personagem irá modificar a aparência dele e equipamentos como armadura e elmos irão mudar de acordo com a raça e o sexo. Isto inclui certos equipamentos especiais e os de brincadeira, como fantasia de sapo.

A trilha segue o estilo com instrumentos antigos e muita inspiração celta. Há uma grande variedade de músicas e sons, executadas de maneira que encaixa no jogo e aproveitando bem os recursos do DS. Há inúmeros seguimentos com voz feitos de maneira bem competente. Não há muito o que reclamar ou elogiar nesta parte.

Concluindo: O sistema de batalha é uma boa evolução do jogo original, embora as magicites sejam mal feitos e vários quebra-cabeças no final do jogo sejam bem problemáticos. É um jogo curto, excelente para quem quer algo mais casual, sem se preocupar muito com RPGs mais profundos.

Nota: 89

 
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Publicado por em 2 de agosto de 2014 em Nintendo DS

 

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Star Ocean

Usando praticamente todo o hardware do Snes, Star Ocean passou despercebido na época de novos consoles, e continua no cenário cult até hoje, com seus múltiplos finais baseados no relacionamento do protagonista Ratix com seus comparsas, sistema de skills inovadoras para a época (sobretudo falando em RPG oriental), e um sistema de batalha mais baseado em ação.

Tudo começa em um planeta habitado por seres de grandes caudas denominados Fellpool, com um trio de amigos participando de um inocente grupo de exterminio de bandidos, quando uma contagiosa doença que transforma suas vítimas em pedra surge no vilarejo vizinho. A partir daí, Humanos (de nosso planeta) aparecem numa nave com o objetivo de ajuda-los com a doença, e a bagunça toda se inicia. A trama do jogo se extende por uma viagem ao passado para encontrar a cura da doença, contratos internacionais entre planetas, e segredos que ligam planetas. É um enredo que pode ser considerado original perante a outros JRPGs, a busca da cura de uma doença em vez de salvar o mundo.

 

O sistema de batalha é divertido, apesar de ser meio Hack’n’Slash e não dar controle total do grupo. Depois de Tales Of Phantasia, foi provavelmente o segundo JRPG a usar mais elementos de ação com aliados controlados por padrões de inteligência artificial. Para falar a verdade, a grande diferença deste para com o primeiro “Tales Of” se dá com relação a dimensão de câmera: Enquanto o primeiro Tales era totalmente side scrolling, Star Ocean apresenta uma câmera isométrica. O sistema de habilidades foi a grande inovação, o jogador compra kits de atuações em lojas, que podem ser desenvolvidas em inúmeras habilidades, desde correr no cenário (obrigatório em certa parte do jogo), aprender a tocar um instrumento, forjar armas, cozinhar melhor ou óbvias vantagens em batalha como rasteiras, bloqueios, entre outros. É algo que vai muito além das batalhas, o jogador aprende a interagir com as quests, cenários e personagens de forma incrível e sem precedentes, é o grande trunfo do jogo.

 

Outra diferença do jogo, pegando embalo em Chrono Trigger, são suas múltiplas opções de finais. Dependendo a sua performance com os Private Actions, você poderá habilitar um final com cenas diferentes. Private Action são eventos não obrigatórios que ocorrem em visistas as cidades, onde se interage de forma diferente com seus aliados. Eu particularmente achei esse método meio falho, você só vai habilitar o final dos personagens no qual você obteve bom relacionamento nas Private Actions, e é meio broxante saber o que aconteceu com apenas alguns personagens do seu grupo no final. Em todo caso, é um bom motivo para um segundo gameplay, para um jogo que dura cerca de 25 horas.

Por fim, Star Ocean é um jogo divertido, com uma trama bem interessante, um ótimo RPG para o Super Nes.

Nota: 98

 
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Publicado por em 2 de agosto de 2014 em Super Nintendo

 

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Final Fantasy XIII

A trama gira em torno de Cocoon, um planeta controlado por fanáticos religiosos que banem para Pulse, o mundo inferior, pessoas consideradas L’Cies, (que foram escolhidas pelas divindades Fal’Cies para alguma missão), que (os tais fanáticos) julgam ser o extermínio da sociedade perfeita e controlada de Cocoon. Ou seja: banem todo tipo de pessoa para o exílio para evitar problemas futuros. Lightning é uma das pessoas que estava a caminho do banimento (ou extermínio, como se descobre) e resolve assumir seu posto de rebelde tentando salvar o mundo que a excluiu de sua existência.

A protagonista se junta a um grupo carismático de personagens como há tempos não víamos em um RPG. Snow é o apaixonado metido a herói. Sazh é o paizão da galera e apesar de medroso, o único com um pouco de juízo (e um filhote de chocobo) na cabeça. Vanille é uma meiga e poderosa garota que esconde sua verdadeira história atrás de sorrisos carismáricos e poses típicas de personagens de mangá. Hope é um personagem perdido,  que viu sua mãe morrer  na guerra em que se envolveu e culpa Snow por isso. Apesar de um elenco forte de protagonistas que quase fogem do clichê de “adolescentes unidos para salvar o mundo”, o game carece de um vilão memorável como Sephiroth e outros inesquecíveis. A organização opositora é uma apologia clara aos governos e religiosos do mundo real, mas uma personificação exata de quem é exatamente esse mal no universo do game, faz falta e deixa a trama muitas vezes sem o jogador saber  o porquê da luta.

RPG de verdade focando em qualidade e acessibilidade

Final Fantasy XII foi um dos responsáveis por uma das mais profundas mudanças em toda a fórmula já conhecida das versões anteriores. Saem os encontros randômicos e entram os inimigos em tempo real na tela. Tal mudança foi mantida em Final Fantasy XIII e promovem a liberdade de escolher se quer lutar, contra quem lutar e contra quantos lutar ao mesmo tempo.

Se o sistema de encontro permaneceu intacto, a jogabilidade afirmo que foi refeita. O combate em tempo real do último game deu lugar a uma mistura dos antigos sistemas de turno associados a uma barra de tempo, que limita e controla as ações do seu personagem, não por vez de cada personagem, e sim por tempo de execução de um golpe ou magia específicos.

O novo sistema traz a série algo que FFXII perdeu: o poder da acessibilidade. Se antes entender os complexos gambits e estratégias afastava os jogadores, em XIII você apenas senta e joga. Não que a estratégia não seja necessária, todavia a simplicidade na maneira como você luta (sem vários menus e nenhuma enrolação) e até os level-ups de cada personagem (feito agora pelo sistema chamado Crystarium) mostram a capacidade da Square Enix não só de evoluir, mas de filtrar os acertos e erros do passado e recentes numa mistura agradável e empolgante de se jogar um RPG.

O novo e o velho se encontram criando assim algo quase perfeito

Os gráficos são aliados a uma fluidez raramente vistas no gênero, somado ao fato do sistema de combate totalmente refeito. Pegue tudo isso e misture adicionando um toque de perfeccionismo típico da Square Enix: uma história envolvente e um longo período de desenvolvimento, e você verá, assim,  que Final Fantasy não é apenas o primeiro da série da nova geração, é, sim,  o primeiro a dar um passo adiante no gênero mesmo que isso signifique dar alguns passos para trás para resgatar tudo que a franquia aprendeu até aqui e elevar isso ao máximo. E isso, garanto, Final Fantasy XIII faz com louvor e é pedida obrigatória para sua coleção.

Nota: 97

 
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Publicado por em 2 de agosto de 2014 em Playstation 3

 

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Final Fantasy Fables: Chocobo Tales

Chocobos são grandes aves, na maioria das vezes douradas nos games da Square, que muitas vezes são usados ​​como meio de transporte no universo de Final Fantasy. Tendo trabalhado incansavelmente para nos transportar em todos esses anos, é justo que eles tnham os seus 5 minutos de fama em um jogo próprio.

No jogo você assume o papel de um pequeno Chocobo amarelo cujo maior divertimento é escutar sua mãe ler histórias para ele. Mas um livro em particular estava amaldiçoado pelo Darkmaster Bebuzzu! e esse encantamento prendeu vários de seus amigos e lançados pelo mundo! Agora cabe ao pequeno Chocobo recuperar seus amigos na aventura.

A exploração nos cenários se mantém por conversar com outros chocobos ou humanos em busca de pistas, colecionar cartas de monstros escondidas e  minigames, que aparecem na forma de livros mágicos.

Cada um desses livros traz um conto de fadas para o mundo dos chocobos, com um minigame baseado nela. Por exemplo, há a história de um Cactus que despreza uma tartaruga por sua falta de agilidade. Ao apostarem uma corrida, no entanto, é a tartaruga que vence, ganhando a dianteira enquanto o Cactus tirava um cochilo, na certeza que ganharia, uma clara referência ao conto “A Lebre e a Tartaruga”. E o minigame, não poderia ser diferente, é uma corrida.

Como muitos outros jogos envolvendo cards, cada batalha é única por causa do grande número de combinações de diferentes cartões. Estes, são agrupados em quatro cores diferentes. Estes agrupamentos de cor ainda podem serem divididas em diferentes tipos de animais e seres que elas produzem. Você possui um deck personalizável com oito cartas e, a cada rodada, o jogo seleciona aleatoriamente três delas para você. Dentre estas, você deve escolher uma, que será comparada com a do oponente. Cada jogador coloca um cartão, que são então comparados para ver como suas zonas de ataque e guarda podem competir. Um ataque com um cartão amarelo pode ser neutralizada se o cartão oposto tem uma zona de segurança amarelo.

 

Chocobo Tales é um mash-up de uma variedade de idéias diferentes, e o jogo ainda consegue ser bastante divertido. Com um jogo single-player, que dura cerca de 10 horas, é bom para jogar em momentos de lazer ou mesmo que poucos minutos por dia para quem anda bastante ocupado, e nisso um portátil como o DS é ótimo. Obviamente, os fãs da série Final Fantasy são os jogadores mais em conta para jogar ele, não só pelo classicismo que remete aos jogos da série Final Fantasy.

Uma história muito bem humorada e divertida. A jogabilidade por meio de minigames e puzzles é simples e, na maior parte das vezes, muito interessante e diferente.

No geral, este jogo definitivamente vale a pena. Apesar de curto, ele tem muito a oferecer, e você certamente vai suar tentando clarear alguns dos desafios.

Nota: 85

 
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Publicado por em 2 de agosto de 2014 em Nintendo DS

 

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Arc The Lad

Lançamentos: 30/06/1995 – 12/10/2001
Estilo: RPG Tático
Produtora: Sony
Distribuição: Sony e Working Designs

Arc The Lad foi um grande projeto, mas devido as limitações de tempo, este projeto teve que ser dividido em três partes. Este primeiro jogo é bem curto, mas foi o jogo que iria preceder uma grande e deslumbrante trilogia. Foi um jogo que, por muitos anos no ocidente, foi aguardado por esses jogadores, tendo ele chegado apenas em 2001 na coletânea junto dos outros dois jogos.

A empresa Working Designs havia iniciado junto à Sony Japão a aquisição dos direitos de tradução para o primeiro Arc the Lad, quando este foi lançado em 1995. No entanto, as duas partes não chegaram a um consenso na época, restringindo o primeiro jogo a apenas o idioma Japonês, sendo por lá, em seu lançamento, considerado por muitos como o Fire Emblem do PlayStation. Com o lançamento de Arc the Lad III e a possibilidade de uma coletânea ocidental dos três jogos, a Working Designs mais uma vez iniciou junto à Sony suas tratativas de tradução, e dessa vez uma oferta mais tentadora ainda com a Sony foi feita. Felizmente, para os jogadores da parte ocidental do mundo, isso seria o início de uma das maiores séries táticas de RPGs japoneses já lançado nos EUA e Europa.


Arc é o protagonista da série

O primeiro Arc the Lad é um jogo curto, um RPG que pode ser completado por jogadores casuais dentro de uma média de 10 a 15 horas, no entanto, limitando-se a essa margem de horas para o término, fará com que eles percam muitos itens especiais, side-quests e talvez um personagem muito especial.
Arc the Lad possui muitas diversões para compensar a sua jogabilidade simples e seu pouco número de horas. Na verdade, é recomendado para jogar os jogos em ordem, e Arc the Lad só finalizará sua história em Arc The Lad II, e tendo no terceiro jogo, a conclusão da Saga mas de maneira muito menos direta.

O Arco da história de Arc The Lad inicia com uma donzela do Santuário da Luz, uma filha do Clan of White, Kukuru. Ela é enganada pelo ancião da aldeia em pensar que a extinção da Chama Cion iria libertá-la de seu dever como protetora do Santuário e também livrá-la da necessidade de casar o príncipe herdeiro de Seirya. Ao fazê-lo, uma voz misteriosa e sinistra é ouvida e uma tempestade de neve inicia. A uma pouca distância dessa tragédia, está Arc, o protagonista da série, preparando-se para investigar a nevasca que foi predita por seu pai desaparecido há 10 anos. Isso acarreta uma série de eventos que levam Arc e Kukuru para o início de uma longa jornada, cheia de amizades, descobertas, e, claro, a missão de salvar o mundo.

A jogabilidade em Arc the Lad é extremamente simples. O jogo é dividido em um world map fixo de navegação e não exploração. O mapa mostra todas as possíveis áreas que o grupo liderado por Arc pode visitar. Não há lojas ou mesmo dinheiro, e os itens são adquiridos por derrotar inimigos, recebido de outros NPCs ou encontrados em baús.

Os personagens podem equipar até 4 acessórios no jogo. Os acessórios não incluem armas e armaduras, mas verdade seja dita, eles até existem na forma física mas são limitados e contam apenas como um acessório. A maioria dos acessórios tem efeitos significativos para ajudar personagens, embora a maioria se tornam obsoletos após personagens atingir um nível significativo, enquanto alguns parecem não servirem para nada. O restante dos itens no jogo são apenas itens que podem ser usados como magia de cura ou utilizadas para efeitos especiais de danos.

As batalhas do jogo são muito simples. Para atacar um inimigo, tudo que um jogador precisa fazer é movimentar o personagem ao lado do inimigo e, em seguida, pressionar o botão X. Lançar feitiços ou usar habilidades envolve simplesmente pressionar o botão O permitindo que o jogador escolha a mágia ou habilidade que deseja usar. As batalhas são bastante lentas por vezes e não existem quaisquer objetivos especiais de batalha no jogo como existe em Final Fantasy Tactics ou Tactics ogre. Todas as batalhas em Arc The Lad são simplesmente um único objetivo, “derrotar todos os inimigos”. Isso pode causar uma falta de variedade nas batalhas, mas a simplicidade faz apelo a muitos jogadores casuais.

    

Há uma Arena de Batalha que recompensa o jogador com alguns prêmios interessantes. Há também as ruínas proibidas de 50 andares, totalmente carregados de tesouros e inimigos.

Os gráficos Arc the Lad são muito interessantes e o fato de que o jogo é muito antigo colabora um pouco com o elogio. Os sprites dos personagens são simples e devem alegrar a maioria dos jogadores. Os locais no jogo tem cenários muito caprichados, em um estilo muito próximo da série Saga Frontier também do Playstation. Sprites dos inimigos são simples, mas a maioria são surpreendentemente suaves e muito repetitivos alterando apenas as cores de um para o outro.

Além da música tema maravilhosa de Arc the Lad, o pouco que resta das demais músicas do jogo são simples marchinhas, e enquanto alguns tentam adicionar uma pequena atmosfera a alguns eventos, a maioria deles são facilmente esquecidos durante o jogo, fazendo deste quesito, o mais fraco no jogo da série. O jogo, ainda na parte sonora, possui vozes dubladas em todos os seus personagens, e mesmo na versão americana e europeia, a dublagem original japonesa é mantida. Isso é extremamente benéfico pois a qualidade é excelente do estúdio nipônico, e todos sabemos o lixo que era as dublagens ocidentais no início das eras PS1 e N64, vindo a melhorar anos depois com outros jogos.

No geral, Arc the Lad é um jogo curto, mas também é um ótimo começo para uma saga bem respeitada entre os jogadores de RPGs Táticos, com uma história muito profunda e gratificante. Os personagens poderiam ter sido melhor desenvolvidos e aprofundados no jogo, pois as poucas horas não permitem entramos a fundo em cada um deles. Como colocado antes, este primeiro evento só será concluído, de fato, em Arc the Lad II. Então aproveitem bem e bom jogo!

Nota: 85

 
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Publicado por em 2 de agosto de 2014 em Playstation

 

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Dragon Quest V

A aventura inicia em um belo palácio em tumulto. Na verdade, a rainha está prestes a dar à luz o herdeiro do trono ao mundo, aliás, o herói desta história.
No entanto, este quadro está mudando muito rápido e nós encontramos o nosso jovem herói, instantes depois, alguns anos a frente junto de seu pai em uma embarcação, deixando-nos apenas com a sensação de ter sido apenas um sonho do herói. O esplendor e luxo da corte já se foram e você inicia sua jornada sem saber ao certo sua origem, nem sua mãe.

Com uma premissa interessante, Dragon Quest V, desenvolve uma história excelente, que conseguiu envelhecer bem depois de todos esses anos.

Um dos principais componentes que este jogo aborda, sem dúvida nenhuma é viver o jogador em três gerações de personagens. Embora a base do herói protagonista permanece no coração de todas as intrigas, a geração anterior de seu pai e a futura geração (nesse caso, os filhos), remetem a este, um dos jogos que para a época, revolucionou um pouco o quadro do clichênismo existente em história.

Assim, o herói inicia a aventura com seu pai e outros aliados de adultos.
Ao longo dos anos, vai se juntar a sua missão, sua noiva, na qual faz jus o título do jogo, que dará a luz a seus filhos, os heróis da terceira geração.

               

Jogo é quase que idêntico aos outros jogos da série.
Temos, portanto, os menus de ações no campo de batalha como todos os outros da série como atacar, defender, usar um ataque especial/magias, itens e, claro, fugir. Ambientado ainda em uma visão de primeira pessoa, o jogo é um remake proporcionando ao jogador, o mesmo sentimento de quando o jogo foi lançado, apenas dando um retoque nos gráficos e músicas.

Pode-se formar uma equipe de até quatro combatentes, que após o início do jogo, não apenas personagens humanos, como também monstros poderão vir fazer parte do grupo. Este é o lugar onde este episódio se destaca de seu antecessor, pois permite recrutar monstros em sua equipe para compensar essas ausências desonestas em certos locais onde você estaria só, sem comprometer a jogabilidade.

Os monstros podem evoluir assim como os personagens.
Eles ganham experiência que aumentam as suas características e pode permitir-lhes aprender novas técnicas e magias. No entanto, alguns monstros têm um limite de nível, e alcançado este, você ficará a mercê de mudar sua equipe e dispensá-los. Eles também podem equipar armas, armaduras e outros itens para melhorar as suas capacidades. Além disso, como pode recrutar muitos monstros, os demais que permanecem no comboio, também ganham experiência ainda que não participem na luta. Isto também se aplica aos aliados humanos, no caso de uma equipe composta inteiramente de monstros. Um elemento bem útil para a progressão.

O jogo também oferece algumas missões secundárias. As missões para encontrar as mini medalhas são um pouco complicadas, pois elas ficam espalhados em todo o mundo e em qualquer lugar. Mais quests do jogo serão oferecidos. A maioria está concentrada no casino, marco da  da série. Uma boa estimativa de tempo para completar toda história e quests, seria algo em torno de 45 horas.

Qualquer fã da série vai se sentir em casa com Dragon Quest V quando falamos, e até exigimos, músicas tão nobres e finas em um jogo da série. Como a série é conhecida por manter muitas canções-chave e efeitos de som por vários de seus games, como a canção-título, logo o jogador já irá perceber a similaridade deste com os demais. A trilha sonora é composta por temas muito agradáveis. A seleção de música não é a prova de falhas também, e muitas faixas são usadas em vários lugares. Por exemplo, a música em uma cidade é o mesmo que qualquer outra, e o mesmo vale para castelos e masmorras. Mas no geral, as músicas do jogo são todas épicas.

Dragon Quest V para o NDS é um remake de maior sucesso. Sabiamente, A Square Enix reviveu o game mantendo os atributos do jogo sem qualquer perda ou adição que atrapalha-se os fãs mais enlouquecidos do clássico original, quer em termos de gráficos quer em trilha sonora, ele consegue charme, sem trair suas raízes, mantendo o seu ar 16bits e jogabilidade arcaica. Os fãs vão estar no céu, os famosos jogadores nostálgicos. Além disso, este episódio é mais bem-sucedido do que foi Dragon Quest 4, com um roteiro poderoso e atingindo, assim, um sistema de recrutamento de monstros que fornece bons resultado. Só a dificuldade do título pode afastar um pouco os novos jogadores, mas nada insuperável para um jogador que sabe como investir e em um RPG. Em todos os casos, Dragon Quest V, é por este que vos digita, considerado um grande jogo no DS.

Nota: 95

 
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Publicado por em 2 de agosto de 2014 em Nintendo DS

 

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