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Star Ocean: Till the End of Time

Till the End of Time, é o terceiro titulo da série, que já teve um jogo para Playstation, um para Super Nintendo, e mais recentemente, XBOX360 e Playstation 3 também receberam um jogo da série. Os dois primeiros não tiveram grande cobertura da mídia, especialmente o primeiro, restrito ao mercado japonês, mas foram grandes sucessos de público. 

Star Ocean, é uma série de RPG futurístico. O planeta Terra faz parte de uma Federação Galáctica que sai de uma guerra esfacelada, e tenta aos poucos se reabilitar. O protagonista do jogo é Fayt , um adolescente que passa férias com seus pais e sua amiga Sophia, em um planeta da Federação. No meio de felicidades e descanso com seus pais, o planeta começa a ser atacado, e quando Fayt precisa fugir, acaba se separando deles e de Sophia. Enquanto ele tenta encontra-los, descobre uma trama que pode ameaçar a galáxia.

O universo é futurístico, mas os locais por onde Fayt passa, não encontram o mesmo ambiente. Vários planetas com tecnologias mais atrasadas que a sua, e mais da metade do jogo se passa em ambientes medievais. Quem gosta de RPG sci fi, vai gostar dos visuais, mas vai sentir falta de equipamentos que fazem jus à tecnologia (somente um personagem usa armas avançadas). A estória é bem escrita e desenvolvida, seguindo a mesma narrativa da maioria dos RPGs top de linha da geração PS1/PS2. Mas existe um ponto que fica estranho durante o jogo, porque na verdade, são duas estórias diferentes. Se a Square Enix quisesse poderia dividir Star Ocean em dois. As estórias são envolventes, mas a segunda, que é realmente a estória principal do jogo, só começa depois de mais ou menos 30 horas de partida. Além disso, as cenas em alguns momentos são longas demais e com ação de menos. São diálogos longos e com poucas consequências para o jogo. 

 

 

O jogo traz um total de 10 personagens e 8 deles podem ser escolhidos pelo jogador para formar o grupo. Desses, apenas três participam dos combates, mas os outros estão presentes nos eventos. É possível dispensar e chamar novamente os personagens. Cada um deles usa uma arma, uma armadura e dois itens de suporte. O tipo de arma é sempre a mesma: Fayt sempre usa uma espada, mas existem várias versões de cada uma delas. Como os personagens são diferentes, montar grupos diferentes traz novas experiências de jogo. Cada personagem também tem uma estória e ambições e alguns são bem interessantes e divertidos.

Star Ocean é um RPG de ação. Os inimigos normais estão sempre na tela, com isso, pode-se escolher quais batalhas enfrentar, como visto em jogos como Chrono Cross. Quando a luta inicia, os três personagens escolhidos pelo jogador se veem de frente com os inimigos. O campo de luta é fechado, mas é possível fugir. O jogador só controla um dos personagens, mas pode trocar quem está controlando a qualquer momento da luta. São quatro tipos de ataques: O rápido de curta distância, rápido de longa distância, lento de curta distância e lento de longa distância. Além dos ataques, existe a simbologia magia, que é usada por alguns personagens. Para vencer a luta, o jogador precisa acabar com os pontos de vida ou com os pontos de magia do inimigo (o que não faz muito sentido, e na maioria das vezes seus personagens morrem por falta de magia). Uma particularidade do combate em Star Ocean é a fúria. Todo personagem tem um marcador de fúria e sempre que faz uma ação ele perde fúria. Quando sua fúria esta baixa ele não pode fazer certas ações.

Mais da metade do tempo de jogo será em combates, alguns são longos e táticos, mas também podem ficar bem entediantes, principalmente porque seus aliados são possui uma inteligência estúpida. Seus personagens chegam ao cumulo de atacar os inimigos com tipos de ataques que curam eles (Ex: monstros do fogo, quando atacados com fogo ganham pontos de vida, mas seus aliados atacam com fogo). Ou melhor: eles correm no exato momento em que o inimigo esta usando um ataque, ele corre para sofrer dano… É difícil fazer um jogo de equipe, porque o jogador precisa cuidar dos três personagens durante as lutas. Esse problema não estraga, mas atrapalha o jogo, principalmente em lutas que poderiam durar 2 minutos, levando 5, 8 minutos.

Durante todo o jogo, Fayt e seus companheiros passarão por várias cidades e explorar todo o mapa dará prêmios para o jogador, além dos tesouros que ficam espalhados por eles, tornando um grande atrativo para os Gamers aficionados por obter 100% de um jogo, conseguir explorar todo os mapas de todos os planetas. 

Star Ocean: Till the End of Time,  tem um ambiente diferente da maioria dos RPG’s para videogames, mas mantém o clima de fantasia medieval. Poderia ser melhor, mas não deixa a desejar, vale a pena para quem gosta de RPGs que permitam exploração em grandes áreas. Seu enredo é bem legal e chama atenção por seus personagens carismáticos, pois com todas as mudanças pelas quais eles passam ao longo de suas quase 60 horas de jogo, certamente fará você se interessar e se surpreender com essa gloriosa odisseia espacial. 

 Nota: 94

 
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Publicado por em 19 de outubro de 2014 em Playstation 2

 

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Baldur’s Gate: Dark Alliance

Baldur’s Gate: Dark Alliance faz parte de uma franquia Baseado em Forgotten Realms de RPGs de Dungeons & Dragons, transferindo os comandos de lápis e papel para o joystick e TV numa campanha que pode ser desbravada na companhia de um amigo.

Sword Coast tornou-se vítima de ladrões e bandidos, e você decidiu se refugiar na cidade de Baldur’s Gate. Porém, antes de chegar à segurança de Baldur’s Gate, sua irmã é atacada por um bando de ladrões enviados especificamente para atacar o seu grupo. Agora, você deverá embarcar em uma jornada, mas durante o caminho descobrirá que mais e maiores perigos estarão por vir. Você poderá escolher entre 3 personagens pré-existentes para embarcar nesta aventura que o levará através de muitas interações, confrontos e batalhas que irão desafiar todos as suas habilidades.

Você pode escolher ser um anão, um humano arqueiro ou uma elfa (que foi a minha escolha), e inicialmente existem 3 níveis de dificuldade. A visão do jogo é top-down e é possível rotacionar a câmera ao redor de seu personagem. Porém, não é possível “abrir” o seu campo de visão nem em profundidade nem em altura, o que pode tornar-se um pouco inconveniente para aqueles que gostam de ter uma visão mais ampla ou para os menos acostumados ao tipo de jogo.

Você terá ao seu dispor durante a aventura uma boa variedade de armamentos tanto de ataque quanto de defesa, entre eles espadas, adagas, arcos, bastões, machados, armaduras, escudos, luvas, botas, elmos etc, e eles poderão ser obtidos com os (poucos) vendedores espalhados pelos mundos, a partir dos inimigos derrotados, baús etc. Algumas armas possuem poderes de fogo, gelo entre outros, e tanto os armamentos de ataque quanto os de defesa possuem “versões” mais fortes, como “Full Plate Boots + 3” por exemplo, que aumenta os pontos de defesa em mais 3 pontos além dos pontos básicos padrão destas botas.

Há 3 tipos de poções: Healing Potion (recupera sua barra de vida), Rejuvenation Potion (recupera sua barra de energia, para magias) e Recall Potion, que permite retornar para um ponto de segurança ou para o ponto onde usou pela última vez. No HUD há 3 barras referentes ao seu personagem: a primeira é a barra de life (vermelha). A segunda mostra o quanto falta para evoluir um level (verde). E a terceira é a barra de energia, utilizada para as magias (azul). Quando a sua barra de life chega a um determinado ponto que indique que seu herói está com a vida fraca, a vibração do controle é ativada. Isto é muito útil, pois evita que fiquemos 100% do tempo ligados na barra de life durante os confrontos. Tanto a barra de life quanto a barra de energia vão recuperando seus pontos perdidos conforme o tempo vai passando (estilo o fator de cura do Wolverine =)).

Existem também amuletos e anéis. Suas serventias são as mesmas: aumentar os pontos de um determinado atributo de seu herói. Porém, apenas 1 amuleto e 2 anéis podem ser usados simultaneamente, tanto faz se de um mesmo atributo ou para atributos diferentes.

A quantidade de objetos que você poderá carregar, entre armas, protetores, poções e itens em geral, é determinada de acordo com a sua força. Mais pontos de força significam mais peso que poderá ser carregado pelo seu herói.

Há um mapa muito bem-vindo em Baldur’s Gate: DA. Ele pode ficar desativado, aparecer bem grande no centro da tela ou em tamanho reduzido no topo direito, claro, com efeito de transparência para não atrapalhar o andamento do jogo. Não tenha dúvidas de que ele será bastante utilizado.

O esquema de “saves” é feito através de “checkpoints”. Eu, particularmente, não gosto muito deste tipo de save, apesar de amplamente utilizado em RPG’s, mas em Baldur’s Gate: DA não chega a ser um empecilho, pois eles não ficam tão distantes uns dos outros e existem em boa quantidade. Estes “checkpoints” possuem a forma de um livro num pedestal e aparecem no mapa, contribuindo e muito para a sua localização.

Uma coisa muito legal neste jogo é o fato de que os inimigos derrotados persistem no cenário, mesmo após ir e vir quantas vezes forem necessárias, mesmo após ter salvado a sua campanha e desligado o videogame.

Ao evoluir 1 level você conquista um determinado número de pontos (que variam de acordo com o level) para atribuir a alguma habilidade ou magia. De tempos em tempos você terá também a oportunidade de aumentar o atributo que você quiser em 1 ponto ao evoluir 1 level. Os atributos em Baldur’s Gate: DA e suas características são:

Strength: Força. Determina também a capacidade máxima de carga que você poderá levar.
Dexterity: Agilidade.
Charisma: Quanto mais carisma, menos você pagará por armamentos e mais receberá nas suas vendas.
Constitution: Referente aos seus pontos de vida.
Intelligence: Quanto mais inteligência você tiver, mais pontos de energia terá.

E as chamadas “Habilidades Passivas” em comum aos personagens são:

Willpower: Aumenta em 5 os seus pontos de energia.
Meditation: Aumenta a taxa de recuperação de pontos de energia de acordo com o tempo.
Intestinal Fortitude: Aumenta a taxa de recuperação de pontos de vida de acordo com o tempo.
Accuracy: Aumenta a habilidade de se atingir coisas com o arco. Não é recomendável gastar pontos aqui caso não planeje utilizar o arco durante a campanha.
Targeting: Uma linha que ajuda a mirar com o arco aparece. Não é recomendável gastar pontos aqui caso não planeje utilizar o arco durante a campanha.

As magias são selecionadas com o direcional digital. Encontrar a magia desejada não é uma tarefa demorada. Porém, ao trocar de magia, o seu herói dá uma “travada”. Exemplo: digamos que você esteja correndo de um inimigo pra dar tempo de recuperar seu life, e no meio tempo você está com uma magia selecionada e quer trocar para outra, aproveitando a distância que tem do inimigo. Acontece que seu personagem simplesmente pára de correr e fica parado por algum tempo, e assim a distância que você tinha dele diminui. É uma grande bola fora do jogo.

E como nem tudo são flores, existem mais 2 grandes problemas em Baldur’s Gate: DA: a quantidade quase zero de side quests e a linearidade da história.

Os gráficos de Baldur’s Gate – Dark Alliance são um show à parte. Os mundos são de uma beleza e um bom gosto que são um colírio para os olhos. Todos os cenários, sejam eles as cavernas, os porões, as colinas ou os pântanos, são muito bem detalhados e belos e possuem iluminações de deixar o jogador com o queixo caído. A representação da água é até simples, mas ainda assim bonita. Existem muitas coisas espalhadas nos cenários, contribuindo com a sua beleza gráfica.

O “primeiro mundo” do jogo, ambientado na cidade de Baldur’s Gate, é todo em estilo medieval e é possível ver nas ruas a movimentação das pessoas, porém sem poder conversar com nenhuma delas, apenas na taverna. Já o “segundo mundo” é ambientado nas proximidades de uma mina controlada pelos anões guerreiros e possui ao seu redor algumas colinas e cavernas. Não vou me alongar mais nas descrições dos mundos para não estragar a história.

Os personagens são muito bem desenhados e distintos e mostram que realmente foi feito um trabalho de altíssima qualidade. Suas feições são lindas e, para a época do lançamento, muito próximas do real.

Quando você conversa com algum personagem do jogo, ele fica se movimentando o tempo todo, e em determinados momentos eles exprimem os seus sentimentos através dos gestos de uma forma convincente e sincronizados com o que falam.

A trilha sonora, como não poderia deixar de ser para um jogo deste estilo, é orquestrada num clima épico/medieval que envolve o jogador de uma tal maneira que o faz sentir-se realmente dentro do jogo, tamanha é a emoção que ela consegue passar. As músicas são vibrantes e dão o toque final ao jogo de tão cativantes que são.

Os efeitos sonoros em geral são maravilhosos! Os sons dos passos, dos inimigos, dos golpes e magias, da água, as (muitas) vozes digitalizadas… todos de uma qualidade tão impecável que fazem com que você esqueça por alguns instantes que é apenas um jogo e sinta-se como se você fosse o seu personagem, principalmente em determinadas batalhas. Resumindo, os efeitos sonoros e a trilha de Baldur’s Gate: DA são combinados com extrema maestria e isso não há quem possa negar.

 

Baldur’s Gate: Dark Alliance é um clássico que merece uma boa atenção dos jogadores mais nostálgicos. Peca em ser um jogo muito curto e à linearidade da estória. Porém, os gráficos, os efeitos sonoros e, principalmente, a jogabilidade como um todo, fazem com que você consiga esquecer estes defeitos, e tornando ele um título obrigatório para quem é fã do gênero.

Nota: 87

 
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Publicado por em 21 de setembro de 2014 em Playstation 2

 

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