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Arquivo da tag: RPG por Turnos

Blue Dragon Plus

Plus traz o universo da série para o portátil da Nintendo, adotando um estilo de lutas em tempo real controladas pelo Touch Screen. Para a versão Nintendista, a produtora responsável foi a Mistwalker e Brownie Brown, fundada em 2000 por ex-funcionários da Square, e também responsáveis pelo Mother 3 da Nintendo.

A estória se desenrola pouco tempo depois do primeiro jogo do XBOX. Quem não jogou vai ficar bem perdido, então é bom pegarem ele antes, ou ter um embasamento pelo anime, para pelo menos conhecer melhor os personagens.
O jogo se limita a descrever os personagens com vagas informações em poucas linhas, como se partisse da premissa que o jogador já tenha se aventurado na outra versão.

 

O jovem aventureiro Shu e seus amigos descobrem que o mundo está ameaçado novamente pela força do vilão ancestral Nene, que havia sido derrotado, mas voltou misteriosamente. Agora, quase todos os humanos podem controlar sua sombra especial, que dá poderes mágicos a seu controlador.
É desta forma que vários novos personagens entram em batalha junto com você como é o caso do avô de Shu e do rei Jibral.

A Brownie Brown também é responsável por Heroes of Mana,do Nintendo DS.
E isso explica muita coisa em relação à jogabilidade. Plus pode até ser considerada uma adaptação da série nos mesmos moldes de Heroes of Mana.

Você assume o controle de todos seus personagens em cenários em 2D com visão isométrica. Com o D-Pad você controla a câmera e com o R e L pode girar a visão. Todos os demais comandos são feitos na tela de toque.
Ao selecionar um personagem, é possível usar os ataques especiais com as sombras, recuperar a energia utilizando um item ou se movimentar. Como você deve imaginar, não há segredos para atacar: você clica no personagem e no alvo. Pronto.

O que complica um pouco esse sistema é que a inteligência artificial segue rotas estranhas e às vezes trava atacando um adversário que estava por perto. Como tudo acontece em tempo real, ás vezes é complicado conseguir vistoriar o que está acontecendo com todos os seus personagens ao mesmo tempo, o que pode causar algumas dores de cabeça em batalhas mais complicadas.
A estratégia nos combates é focada no tipo de habilidade que cada personagem possui. Zola, por exemplo, tem pouco HP e defesa, porém é a mais ágil do grupo para se movimentar, o que faz dela uma ótima opção para abrir os diversos tesouros espalhados no mapa.

 

O sistema de batalha é divertido e funciona de maneira eficiente em boa parte do tempo, mas é comum a falta de alguns recursos atrapalharem. Por exemplo, para selecionar um de seus lutadores é preciso procurar por ele em todo o cenário ou clicar um atalho que alterna entre cada um deles, por vez.
Nenhuma das duas soluções se mostra muito prática quando você quer fazer uma ação emergencial, caso muito comum, já que estamos falando de um RPG Tático em tempo real.

Um dos acertos da equipe de produção foi adicionar um atalho para selecionar todos os personagens ao mesmo tempo ou parar o tempo e desenhar um circulo envolta dos que você quer selecionar.
Após fazer o desenho, o tempo volta ao normal e você pode designar uma ação para o grupo escolhido.

Vale destacar que Plus conta com quase uma hora de cenas em CG. Além de estarem com uma ótima compactação e qualidade, essas cenas tornam o game mais rico em detalhes e com um aspecto muito melhor.

Blue Dragon é um bom jogo. A escolha do DS foi uma bela opção da equipe e contribuiu para popularizar mais o Shu e sua turma.
Quem já jogou Heroes of Mana ou Final Fantasy XII: Revenant Wings, não terá problemas para se adaptar ao estilo do Plus.

Nota: 85

 
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Publicado por em 2 de agosto de 2014 em Nintendo DS

 

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Dragon Quest IV: Chapters of the Chosen

Plataforma: Nintendo DS
Desenvolvedora: ArtePiazza
Distribuidora: Square Enix

         

Em 1990, quando Dragon Quest IV foi lançado no NES, a história deve ter sido épica para os jogadores de outrora, e o mercado com um todo, aplaudido de pé após jogá-lo. Você inicia o jogo escolhendo um nome e o sexo para o seu herói/heroína (o sexo não afeta a jogabilidade) e inicia o jogo em um curto prólogo antes do capítulo 1.
Intitulado de “capítulos dos Escolhidos”, o jogo é dividido em vários capítulos separados, cada um detalhando a história e a motivação de um personagem em particular, para embarcar em sua busca dentro da história.

Infelizmente, uma vez que você retoma o controle de seu herói a partir do prólogo do quinto capítulo e com todos os demais personagens em seu grupo, a trama se torna um “salvar o mundo da destruição iminente” cenário bastante clichê. Este remake adiciona um novo capítulo 6, obtendo assim o jogador, um pouco mais de profundidade para a história.

Para melhor ou pior, Dragon Quest IV não modifica seu sistema de batalha, e o gameplay não sofreu nenhuma modificação, deixando satisfeitos os jogadores mais clássicos. Encontros na série são de forma aleatória, e as batalhas são em uma visão em primeira pessoa, onde você não vê seus próprios personagens na tela, apenas os inimigos. Pessoalmente, adoro o sistema de batalhas como os de Dragon Quest pois são, em sua maioria, os mais simples possíveis.
Outro fato importante, é que anteriormente tinha tentado jogar esse jogo no NES, e sofria muito especialmente quando um char aumentava seu nível e então recebia uma nova magia, e essa não se tinha como saber do que se tratava. Com essa nova tradução, ao menos escolheram bem os nomes, além de outros que agora soam bem melhores: Omniheal > Healusall.

 

A OST de Dragon Quest IV precisa ser muito elogiada. A maior parte será instantaneamente reconhecível para quem já jogou qualquer outro título da série, e aqueles que ainda não tiveram a oportunidade de ter jogado nenhum, vão encontrar um som atraente e agradável. Eu me peguei cantarolando várias vezes no mapa do mundo e nas cidades em meus famosos chavões que faço sobre o ritmo das músicas (sim, eu sou estranho, kkkk).

Há algumas notas baixas no jogo, devido, principalmente às convenções de RPG padrão de 8 bits que não se sustentam bem hoje. DQIV mantém uma tradição de jogo que é bastante conhecida daquela época, onde, em muitos momentos do jogo, você não possui ou não tem um NPC para lhe indicar o próximo passo, uma direção clara sobre onde deva seguir, ou o que você precisa fazer quando você chegar lá. Este não é um problema tão grande na primeira metade do jogo, que é bastante linear quando você está conhecendo e aprendendo mais sobre os personagens e o sistema de jogo, mas uma vez que todo o grupo se reúne e você pode ir a qualquer lugar com o barco, o jogo pára de dar dicas.
Isso resulta em muitas mortes desnecessárias em locais que você não teria como explorar naquele momento. Há também uma peculiaridade retrô no sistema de batalha, que faz com que algumas batalhas fiquem muito mais difíceis do que eles precisam ser, pois em uma orla de monstros de uma mesma raça, você não pode ter como alvo um monstro específico, restando a seleção apenas no grupo em si. Vamos dizer que há três inimigos e você tem três atacantes fortes e um lançador de magias. O que eu normalmente gostaria de fazer é direcionar cada um dos inimigos com um atacante diferente, e então usar uma magia de área que atinge todos eles para terminar a batalha em um turno. Mas desde que o jogo não permite que você atinja um inimigo específico dentro do grupo, os meus atacantes irão atacar aleatoriamente contra um único inimigo do grupo, e o feitiço apenas prejudicando os outros, deixando dois inimigos ainda de pé que podem chamar reforços e estender a batalha.

A Square-Enix, em uma tentativa de adicionar mais personalidade ao jogo, deu a quase todas as cidades os seus próprios dialetos e sotaques. Isso funcionaria perfeitamente bem se o jogo tivesse dublagem, mas isso não acontece. Infelizmente, os dialetos acabam prejudicando o jogo, porque muitas vezes é difícil de decifrar o que um personagem está tentando lhe dizer.

Embora não seja perfeito, Dragon Quest IV é um lembrete agradável do que um RPG clássico é. Mesmo com um sistema desatualizado para os padrões atuais, como sua jogabilidade pode ser, ainda é uma experiência muito divertida e gratificante por toda uma aventura de mais de 30 horas.
Um RPG que recomendo muito aos jogadores românticos dos RPGs, e que sem dúvida, vai maravilhar muitos que ainda não jogaram o quarto jogo ou que ainda não conhecem a série.

Nota: 85

 
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Publicado por em 2 de agosto de 2014 em Nintendo DS

 

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Final Fantasy XIII

A trama gira em torno de Cocoon, um planeta controlado por fanáticos religiosos que banem para Pulse, o mundo inferior, pessoas consideradas L’Cies, (que foram escolhidas pelas divindades Fal’Cies para alguma missão), que (os tais fanáticos) julgam ser o extermínio da sociedade perfeita e controlada de Cocoon. Ou seja: banem todo tipo de pessoa para o exílio para evitar problemas futuros. Lightning é uma das pessoas que estava a caminho do banimento (ou extermínio, como se descobre) e resolve assumir seu posto de rebelde tentando salvar o mundo que a excluiu de sua existência.

A protagonista se junta a um grupo carismático de personagens como há tempos não víamos em um RPG. Snow é o apaixonado metido a herói. Sazh é o paizão da galera e apesar de medroso, o único com um pouco de juízo (e um filhote de chocobo) na cabeça. Vanille é uma meiga e poderosa garota que esconde sua verdadeira história atrás de sorrisos carismáricos e poses típicas de personagens de mangá. Hope é um personagem perdido,  que viu sua mãe morrer  na guerra em que se envolveu e culpa Snow por isso. Apesar de um elenco forte de protagonistas que quase fogem do clichê de “adolescentes unidos para salvar o mundo”, o game carece de um vilão memorável como Sephiroth e outros inesquecíveis. A organização opositora é uma apologia clara aos governos e religiosos do mundo real, mas uma personificação exata de quem é exatamente esse mal no universo do game, faz falta e deixa a trama muitas vezes sem o jogador saber  o porquê da luta.

RPG de verdade focando em qualidade e acessibilidade

Final Fantasy XII foi um dos responsáveis por uma das mais profundas mudanças em toda a fórmula já conhecida das versões anteriores. Saem os encontros randômicos e entram os inimigos em tempo real na tela. Tal mudança foi mantida em Final Fantasy XIII e promovem a liberdade de escolher se quer lutar, contra quem lutar e contra quantos lutar ao mesmo tempo.

Se o sistema de encontro permaneceu intacto, a jogabilidade afirmo que foi refeita. O combate em tempo real do último game deu lugar a uma mistura dos antigos sistemas de turno associados a uma barra de tempo, que limita e controla as ações do seu personagem, não por vez de cada personagem, e sim por tempo de execução de um golpe ou magia específicos.

O novo sistema traz a série algo que FFXII perdeu: o poder da acessibilidade. Se antes entender os complexos gambits e estratégias afastava os jogadores, em XIII você apenas senta e joga. Não que a estratégia não seja necessária, todavia a simplicidade na maneira como você luta (sem vários menus e nenhuma enrolação) e até os level-ups de cada personagem (feito agora pelo sistema chamado Crystarium) mostram a capacidade da Square Enix não só de evoluir, mas de filtrar os acertos e erros do passado e recentes numa mistura agradável e empolgante de se jogar um RPG.

O novo e o velho se encontram criando assim algo quase perfeito

Os gráficos são aliados a uma fluidez raramente vistas no gênero, somado ao fato do sistema de combate totalmente refeito. Pegue tudo isso e misture adicionando um toque de perfeccionismo típico da Square Enix: uma história envolvente e um longo período de desenvolvimento, e você verá, assim,  que Final Fantasy não é apenas o primeiro da série da nova geração, é, sim,  o primeiro a dar um passo adiante no gênero mesmo que isso signifique dar alguns passos para trás para resgatar tudo que a franquia aprendeu até aqui e elevar isso ao máximo. E isso, garanto, Final Fantasy XIII faz com louvor e é pedida obrigatória para sua coleção.

Nota: 97

 
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Publicado por em 2 de agosto de 2014 em Playstation 3

 

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Final Fantasy Fables: Chocobo Tales

Chocobos são grandes aves, na maioria das vezes douradas nos games da Square, que muitas vezes são usados ​​como meio de transporte no universo de Final Fantasy. Tendo trabalhado incansavelmente para nos transportar em todos esses anos, é justo que eles tnham os seus 5 minutos de fama em um jogo próprio.

No jogo você assume o papel de um pequeno Chocobo amarelo cujo maior divertimento é escutar sua mãe ler histórias para ele. Mas um livro em particular estava amaldiçoado pelo Darkmaster Bebuzzu! e esse encantamento prendeu vários de seus amigos e lançados pelo mundo! Agora cabe ao pequeno Chocobo recuperar seus amigos na aventura.

A exploração nos cenários se mantém por conversar com outros chocobos ou humanos em busca de pistas, colecionar cartas de monstros escondidas e  minigames, que aparecem na forma de livros mágicos.

Cada um desses livros traz um conto de fadas para o mundo dos chocobos, com um minigame baseado nela. Por exemplo, há a história de um Cactus que despreza uma tartaruga por sua falta de agilidade. Ao apostarem uma corrida, no entanto, é a tartaruga que vence, ganhando a dianteira enquanto o Cactus tirava um cochilo, na certeza que ganharia, uma clara referência ao conto “A Lebre e a Tartaruga”. E o minigame, não poderia ser diferente, é uma corrida.

Como muitos outros jogos envolvendo cards, cada batalha é única por causa do grande número de combinações de diferentes cartões. Estes, são agrupados em quatro cores diferentes. Estes agrupamentos de cor ainda podem serem divididas em diferentes tipos de animais e seres que elas produzem. Você possui um deck personalizável com oito cartas e, a cada rodada, o jogo seleciona aleatoriamente três delas para você. Dentre estas, você deve escolher uma, que será comparada com a do oponente. Cada jogador coloca um cartão, que são então comparados para ver como suas zonas de ataque e guarda podem competir. Um ataque com um cartão amarelo pode ser neutralizada se o cartão oposto tem uma zona de segurança amarelo.

 

Chocobo Tales é um mash-up de uma variedade de idéias diferentes, e o jogo ainda consegue ser bastante divertido. Com um jogo single-player, que dura cerca de 10 horas, é bom para jogar em momentos de lazer ou mesmo que poucos minutos por dia para quem anda bastante ocupado, e nisso um portátil como o DS é ótimo. Obviamente, os fãs da série Final Fantasy são os jogadores mais em conta para jogar ele, não só pelo classicismo que remete aos jogos da série Final Fantasy.

Uma história muito bem humorada e divertida. A jogabilidade por meio de minigames e puzzles é simples e, na maior parte das vezes, muito interessante e diferente.

No geral, este jogo definitivamente vale a pena. Apesar de curto, ele tem muito a oferecer, e você certamente vai suar tentando clarear alguns dos desafios.

Nota: 85

 
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Publicado por em 2 de agosto de 2014 em Nintendo DS

 

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Arc The Lad

Lançamentos: 30/06/1995 – 12/10/2001
Estilo: RPG Tático
Produtora: Sony
Distribuição: Sony e Working Designs

Arc The Lad foi um grande projeto, mas devido as limitações de tempo, este projeto teve que ser dividido em três partes. Este primeiro jogo é bem curto, mas foi o jogo que iria preceder uma grande e deslumbrante trilogia. Foi um jogo que, por muitos anos no ocidente, foi aguardado por esses jogadores, tendo ele chegado apenas em 2001 na coletânea junto dos outros dois jogos.

A empresa Working Designs havia iniciado junto à Sony Japão a aquisição dos direitos de tradução para o primeiro Arc the Lad, quando este foi lançado em 1995. No entanto, as duas partes não chegaram a um consenso na época, restringindo o primeiro jogo a apenas o idioma Japonês, sendo por lá, em seu lançamento, considerado por muitos como o Fire Emblem do PlayStation. Com o lançamento de Arc the Lad III e a possibilidade de uma coletânea ocidental dos três jogos, a Working Designs mais uma vez iniciou junto à Sony suas tratativas de tradução, e dessa vez uma oferta mais tentadora ainda com a Sony foi feita. Felizmente, para os jogadores da parte ocidental do mundo, isso seria o início de uma das maiores séries táticas de RPGs japoneses já lançado nos EUA e Europa.


Arc é o protagonista da série

O primeiro Arc the Lad é um jogo curto, um RPG que pode ser completado por jogadores casuais dentro de uma média de 10 a 15 horas, no entanto, limitando-se a essa margem de horas para o término, fará com que eles percam muitos itens especiais, side-quests e talvez um personagem muito especial.
Arc the Lad possui muitas diversões para compensar a sua jogabilidade simples e seu pouco número de horas. Na verdade, é recomendado para jogar os jogos em ordem, e Arc the Lad só finalizará sua história em Arc The Lad II, e tendo no terceiro jogo, a conclusão da Saga mas de maneira muito menos direta.

O Arco da história de Arc The Lad inicia com uma donzela do Santuário da Luz, uma filha do Clan of White, Kukuru. Ela é enganada pelo ancião da aldeia em pensar que a extinção da Chama Cion iria libertá-la de seu dever como protetora do Santuário e também livrá-la da necessidade de casar o príncipe herdeiro de Seirya. Ao fazê-lo, uma voz misteriosa e sinistra é ouvida e uma tempestade de neve inicia. A uma pouca distância dessa tragédia, está Arc, o protagonista da série, preparando-se para investigar a nevasca que foi predita por seu pai desaparecido há 10 anos. Isso acarreta uma série de eventos que levam Arc e Kukuru para o início de uma longa jornada, cheia de amizades, descobertas, e, claro, a missão de salvar o mundo.

A jogabilidade em Arc the Lad é extremamente simples. O jogo é dividido em um world map fixo de navegação e não exploração. O mapa mostra todas as possíveis áreas que o grupo liderado por Arc pode visitar. Não há lojas ou mesmo dinheiro, e os itens são adquiridos por derrotar inimigos, recebido de outros NPCs ou encontrados em baús.

Os personagens podem equipar até 4 acessórios no jogo. Os acessórios não incluem armas e armaduras, mas verdade seja dita, eles até existem na forma física mas são limitados e contam apenas como um acessório. A maioria dos acessórios tem efeitos significativos para ajudar personagens, embora a maioria se tornam obsoletos após personagens atingir um nível significativo, enquanto alguns parecem não servirem para nada. O restante dos itens no jogo são apenas itens que podem ser usados como magia de cura ou utilizadas para efeitos especiais de danos.

As batalhas do jogo são muito simples. Para atacar um inimigo, tudo que um jogador precisa fazer é movimentar o personagem ao lado do inimigo e, em seguida, pressionar o botão X. Lançar feitiços ou usar habilidades envolve simplesmente pressionar o botão O permitindo que o jogador escolha a mágia ou habilidade que deseja usar. As batalhas são bastante lentas por vezes e não existem quaisquer objetivos especiais de batalha no jogo como existe em Final Fantasy Tactics ou Tactics ogre. Todas as batalhas em Arc The Lad são simplesmente um único objetivo, “derrotar todos os inimigos”. Isso pode causar uma falta de variedade nas batalhas, mas a simplicidade faz apelo a muitos jogadores casuais.

    

Há uma Arena de Batalha que recompensa o jogador com alguns prêmios interessantes. Há também as ruínas proibidas de 50 andares, totalmente carregados de tesouros e inimigos.

Os gráficos Arc the Lad são muito interessantes e o fato de que o jogo é muito antigo colabora um pouco com o elogio. Os sprites dos personagens são simples e devem alegrar a maioria dos jogadores. Os locais no jogo tem cenários muito caprichados, em um estilo muito próximo da série Saga Frontier também do Playstation. Sprites dos inimigos são simples, mas a maioria são surpreendentemente suaves e muito repetitivos alterando apenas as cores de um para o outro.

Além da música tema maravilhosa de Arc the Lad, o pouco que resta das demais músicas do jogo são simples marchinhas, e enquanto alguns tentam adicionar uma pequena atmosfera a alguns eventos, a maioria deles são facilmente esquecidos durante o jogo, fazendo deste quesito, o mais fraco no jogo da série. O jogo, ainda na parte sonora, possui vozes dubladas em todos os seus personagens, e mesmo na versão americana e europeia, a dublagem original japonesa é mantida. Isso é extremamente benéfico pois a qualidade é excelente do estúdio nipônico, e todos sabemos o lixo que era as dublagens ocidentais no início das eras PS1 e N64, vindo a melhorar anos depois com outros jogos.

No geral, Arc the Lad é um jogo curto, mas também é um ótimo começo para uma saga bem respeitada entre os jogadores de RPGs Táticos, com uma história muito profunda e gratificante. Os personagens poderiam ter sido melhor desenvolvidos e aprofundados no jogo, pois as poucas horas não permitem entramos a fundo em cada um deles. Como colocado antes, este primeiro evento só será concluído, de fato, em Arc the Lad II. Então aproveitem bem e bom jogo!

Nota: 85

 
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Publicado por em 2 de agosto de 2014 em Playstation

 

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Dragon Quest V

A aventura inicia em um belo palácio em tumulto. Na verdade, a rainha está prestes a dar à luz o herdeiro do trono ao mundo, aliás, o herói desta história.
No entanto, este quadro está mudando muito rápido e nós encontramos o nosso jovem herói, instantes depois, alguns anos a frente junto de seu pai em uma embarcação, deixando-nos apenas com a sensação de ter sido apenas um sonho do herói. O esplendor e luxo da corte já se foram e você inicia sua jornada sem saber ao certo sua origem, nem sua mãe.

Com uma premissa interessante, Dragon Quest V, desenvolve uma história excelente, que conseguiu envelhecer bem depois de todos esses anos.

Um dos principais componentes que este jogo aborda, sem dúvida nenhuma é viver o jogador em três gerações de personagens. Embora a base do herói protagonista permanece no coração de todas as intrigas, a geração anterior de seu pai e a futura geração (nesse caso, os filhos), remetem a este, um dos jogos que para a época, revolucionou um pouco o quadro do clichênismo existente em história.

Assim, o herói inicia a aventura com seu pai e outros aliados de adultos.
Ao longo dos anos, vai se juntar a sua missão, sua noiva, na qual faz jus o título do jogo, que dará a luz a seus filhos, os heróis da terceira geração.

               

Jogo é quase que idêntico aos outros jogos da série.
Temos, portanto, os menus de ações no campo de batalha como todos os outros da série como atacar, defender, usar um ataque especial/magias, itens e, claro, fugir. Ambientado ainda em uma visão de primeira pessoa, o jogo é um remake proporcionando ao jogador, o mesmo sentimento de quando o jogo foi lançado, apenas dando um retoque nos gráficos e músicas.

Pode-se formar uma equipe de até quatro combatentes, que após o início do jogo, não apenas personagens humanos, como também monstros poderão vir fazer parte do grupo. Este é o lugar onde este episódio se destaca de seu antecessor, pois permite recrutar monstros em sua equipe para compensar essas ausências desonestas em certos locais onde você estaria só, sem comprometer a jogabilidade.

Os monstros podem evoluir assim como os personagens.
Eles ganham experiência que aumentam as suas características e pode permitir-lhes aprender novas técnicas e magias. No entanto, alguns monstros têm um limite de nível, e alcançado este, você ficará a mercê de mudar sua equipe e dispensá-los. Eles também podem equipar armas, armaduras e outros itens para melhorar as suas capacidades. Além disso, como pode recrutar muitos monstros, os demais que permanecem no comboio, também ganham experiência ainda que não participem na luta. Isto também se aplica aos aliados humanos, no caso de uma equipe composta inteiramente de monstros. Um elemento bem útil para a progressão.

O jogo também oferece algumas missões secundárias. As missões para encontrar as mini medalhas são um pouco complicadas, pois elas ficam espalhados em todo o mundo e em qualquer lugar. Mais quests do jogo serão oferecidos. A maioria está concentrada no casino, marco da  da série. Uma boa estimativa de tempo para completar toda história e quests, seria algo em torno de 45 horas.

Qualquer fã da série vai se sentir em casa com Dragon Quest V quando falamos, e até exigimos, músicas tão nobres e finas em um jogo da série. Como a série é conhecida por manter muitas canções-chave e efeitos de som por vários de seus games, como a canção-título, logo o jogador já irá perceber a similaridade deste com os demais. A trilha sonora é composta por temas muito agradáveis. A seleção de música não é a prova de falhas também, e muitas faixas são usadas em vários lugares. Por exemplo, a música em uma cidade é o mesmo que qualquer outra, e o mesmo vale para castelos e masmorras. Mas no geral, as músicas do jogo são todas épicas.

Dragon Quest V para o NDS é um remake de maior sucesso. Sabiamente, A Square Enix reviveu o game mantendo os atributos do jogo sem qualquer perda ou adição que atrapalha-se os fãs mais enlouquecidos do clássico original, quer em termos de gráficos quer em trilha sonora, ele consegue charme, sem trair suas raízes, mantendo o seu ar 16bits e jogabilidade arcaica. Os fãs vão estar no céu, os famosos jogadores nostálgicos. Além disso, este episódio é mais bem-sucedido do que foi Dragon Quest 4, com um roteiro poderoso e atingindo, assim, um sistema de recrutamento de monstros que fornece bons resultado. Só a dificuldade do título pode afastar um pouco os novos jogadores, mas nada insuperável para um jogador que sabe como investir e em um RPG. Em todos os casos, Dragon Quest V, é por este que vos digita, considerado um grande jogo no DS.

Nota: 95

 
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Publicado por em 2 de agosto de 2014 em Nintendo DS

 

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Suikoden Tierkreis

Em meados de 2008 a Konami mostra ao mundo um capítulo a parte da série para o Nintendo DS. Com o sugestivo subtítulo Tierkreis, rapidamente ele se tornou um dos RPGs mais esperados do portátil.

Apresentação soberba

Basta ligar o DS para perceber que você não está diante de um game qualquer. A começar pela belíssima apresentação em anime que inicia o game intercalada com uma trilha sonora fantástica e efeitos sonoros muito bons. A verdade é que a apresentação do game me lembrou Star Ocean Second Story (PSX, 1999) onde cada elemento do cenário, cada efeito sonoro, cada personagem se encaixa perfeitamente e colabora para manter o jogador sempre preso ao universo de jogo.

Um ponto que chama muito a atenção é que todos os diálogos chaves do jogo são dublados. São dezenas de minutos de falas gravadas por dubladores profissionais. A qualidade é muito satisfatória e cria um clima fantástico na trama dando uma sensação de imersão bem rara em um portátil.

Visualmente a Konami conseguiu extrair praticamente o máximo do potencial que o DS dispõe. Basta observar os modelos poligonais maravilhosamente criados, os cenários belíssimos, efeitos especiais das magias e a animação. É simplesmete formidável. Não são raras as vezes com que o jogador se depara com um lugar tão bem criado, que fica com a sensação de estar jogando um game para console e não um game para portátil.

Suikoden típico

Outro ponto que merece muitos elogios é a manutenção da jogablidade típica da série. A Konami preferiu seguir o tradicionalismo: ainda há batalhas por turno, a presença dos ataques em dupla e ataques combinados, as magias e o aprendizado das mesmas… nada muito diferente do que a série já apresentou.

Como já foi mencionado Suikoden Tierkreis possui mais de uma centena de personagens. Dos 108 com os quais o jogador pode interagir, 88 são jogáveis. Os outros 20 são os chamados auxiliares – personagens que geralmente não entram nas batalhas, mas possuem um papel importante dentro da história do game.

 

O enredo apesar de muitas vezes previsível, se desenrola muito bem e consegue prender a atenção com algumas reviravoltas importantes. A verdade é que o game fornece uma experiência bem tradicional até mesmo no desenrolar da história e nas relações e perfis dos personagens.

Alguns jogadores podem achar o desenrolar do enredo linear demais e a falta de exploração em alguns lugares (principalmente cidades onde se visita as localidades por menus) como pontos fracos. E realmente são. Mas nada que comprometa de forma decisiva a experiência que é proporcionada pelo game.

Sem dúvidas, Suikoden Tierkreis é um RPG aos modos tradicionais, com uma belíssima apresentação e um capricho ímpar. É mais um RPG imperdível no DS.

Nota: 97

 
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Publicado por em 2 de agosto de 2014 em Nintendo DS

 

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